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Ego

O eu é separação do que não é separado. Assume para si como seu o que não é senão partilha. Na infância essa função se torna, na ausência de outras referências, tirania. Não são as crianças tiranas, aqueles que nunca deixaram a infância e não se doam é que as acusam de sê-lo. Leva tempo para conferir dignidade ao outro, para perceber que tudo quanto sou ou desejaria passa pelo outro. O eu, porém, parece mais perto de minha carência e ser parece uma exigência de atenção. No espelhamento, então, se forma uma imagem e tomo a ela como se fosse o que sou, esta é, porém, apenas o eu, aquilo a que estou atento, o que me faz esquecer de tudo o mais para concentrar-me no limitado de minha percepção própria. Não é possível a alguém sozinho escapar dessa condição de alheamento. Por que ela se perpetua, então, se há tanta gente? Similia similibus apenas o que parece-nos atraente nos atrai. Leva tempo para o universal se formar em nós, em alguns não se forma nunca. Formar-se é concluir-se uma etap

Apresentação

 Viso publicar aqui inícios de pesquisa pertinentes aos diálogos de Platão, segundo as metodologias próprias a História da Filosofia.